DESAFIOS VIVENCIADOS POR PROFESSORES DE CIÊNCIAS EM RELAÇÃO AOS ESTUDANTES IMIGRANTES VENEZUELANOS NAS ESCOLAS ESTADUAIS DE BOA VISTA – RORAIMA.

Autores

  • Kelly Karinny Aguiar Alves Furtado
  • Renata Breckenfeld Salustiano Barros
  • Ivone Mary Medeiros de Souza

Palavras-chave:

Ciências, Escolas Estaduais, Imigrantes Venezuelanos, Professores

Resumo

Esta pesquisa tem como temática central a inserção de estudantes imigrantes venezuelanos nas escolas estaduais de Boa Vista – Roraima, tendo em vista o quantitativo de pessoas que migraram para Roraima em virtude da crise econômica, política e socialque a Venezuela enfrenta atualmente. O interesse por este estudo surgiu durante a realização do estágio curricular obrigatório do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal de Roraima. Esta pesquisa tem a seguinte problemática de estudo: quais os desafios vivenciados pelos professores de Ciências do Ensino Fundamental II no atendimento aos estudantes venezuelanos em sala de aula? Para tanto, temcomo objetivo geral “conhecer os desafios vivenciados por professores de Ciências em relação ao atendimento de estudantes imigrantes venezuelanos na Rede Pública Estadual de Ensino de Boa Vista – RR”. A amostra deste estudo foi formada pelas cinco escolas que apresentam o maior índice de venezuelanos matriculados em 2018. Este estudo adota uma abordagem qualitativa descritiva de levantamento,utilizando questionários e entrevistas como instrumentos de coleta das informaçõesacerca da real inserção educacional de estudantes venezuelanos, tendo em vista as diferenças idiomáticas e culturais. Envolve, respectivamente, estudantes venezuelanos e professores das escolas selecionadas (Escola Estadual Buriti: atendendo 34 estudantes venezuelanos; Escola Estadual Caranã: atendendo 28 estudantes venezuelanos; Escola Estadual Francisca Elzika de Coêlho: atendendo 24 estudantes venezuelanos; Escola Estadual Professora Idarlene Severino da Silva: atendendo 61 estudantes venezuelanos e Escola Estadual Professora Maria das Neves Rezende: atendendo 43 estudantes venezuelanos) que aceitaram participar voluntariamente da pesquisa. Por meio dos questionários aplicados, verificou-se que entre os anos de 2016 e 2018 houve a maior ingresso desses estudantes no ambiente escolar. Os mesmos destacaram algumas dificuldades que interferem em sua inclusão na escola, tais  como a lingua portuguesa e os costumes diferenciados. Os profesores entrevistados relataram o uso de diversas metologias estrategicas para atender as necessidades dos estudantes venezuelanos, como uma fala mais pausadamente, o uso continuo da leitura e também associação através de imagens do livro didático. Foi possível constatar que os professores não recebem nenhum auxílio da escola no que se refere ao atendimento aos estudantes venezuelanos em sala, parte recorre a participação em cursos básicos de língua espanhola para poder ofertar um ensino melhor e inclusivo aos seus alunos.

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Publicado

2019-07-03