APLICAÇÃO DOS EXTRATOS DOS FRUTOS DE INAJÁ, BACABA E TUCUMÃ COMO ADITIVOS NO BIODIESEL

  • Leylane da Silva Kozlowski
  • Ronielly Barbosa Soares
  • Sandoval Menezes de Matos
  • Tarcísio Gomes Rodrigues
  • Romildo Nicolau Alves
  • Guilherme José Turcatel Alves
Palavras-chave: Aditivos Naturais, Bioenergia, Frutos de Palmeiras

Resumo

A utilização do biodiesel no mercado nacional é obrigatória por lei e, em 2019, 11% do biocombustível deve ser misturado ao diesel de petróleo para ser comercializado. A inserção do biodiesel na matriz energética nacional é recente e, diferente de outros países europeus que já o utilizam há mais tempo, existe a necessidade de realizar pesquisas básicas e específicas quanto à qualidade ou a manutenção dessa. Para que a manutenção da vida útil do biocombustível seja satisfatória, também é necessário que os aditivos utilizados sejam eficientes e tenham baixo custo. O objetivo desse trabalho é avaliar a evolução do índice de acidez do biodiesel de soja (B100) com inserção de aditivos obtidos a partir de extratos dos frutos de inajá, bacaba e tucumã. As amostras de biodiesel foram preparadas a partir de óleo de soja comercial e metanol catalisado por rota básica. Foram utilizados como aditivos os extratos dos frutos de inajá, bacaba, tucumã e o antioxidante sintético terc-butil-hidroquinona (TBHQ). As amostras foram preparadas com a adição de 3000 ppm (m/m) das seguintes misturas: biodiesel puro - BD; TBHQ e extrato de tucumã - BST; TBHQ e extrato de bacaba – BSB; TBHQ e extrato de inajá – BSI; extrato de tucumã e bacaba - BTB; extrato de tucumã e inajá – BTI e; extrato de inajá e bacaba – BIB. As análises de índice de acidez (IA) foram realizadas por 12 dias, em um intervalo de 24 horas. A análise consistiu na titulação, com hidróxido de potássio 0,1 M e indicador fenolftaleína, de 2,0 gramas de amostra misturada com 25 mL de uma solução de éter-álcool (2:1). Os resultados de índice de acidez mostraram que as amostras BD e BIB ultrapassaram o limite estabelecido pela norma (0,5 mg KOH g-1) no 9° dia de análise. Todas as outras amostras tiveram um desempenho semelhante, com o índice de acidez acima do limite somente a partir do 11° dia de análise, exceto a amostra BST que até o 12° dia de análise, não apresentou aumento significativo no IA. Esses resultados indicam que a associação entre os extratos naturais pode não garantir a qualidade do biodiesel por muito tempo, comparado com as amostras contendo o antioxidante sintético, que por sua vez, quando associado aos extratos naturais, com destaque para o tucumã, podem apresentar ação antioxidante igual ou melhorada. Isso faz com que a quantidade de aditivos sintéticos ao biodiesel possa ser reduzida, juntamente com os custos da produção e armazenamento.

Biografia do Autor

Leylane da Silva Kozlowski

Acadêmica de Agronomia do IFRR/Campus Novo Paraíso

Ronielly Barbosa Soares

Bolsista do PIBITI/CNPq - IFRR/Campus Novo Paraíso

Sandoval Menezes de Matos

Técnico em Eletrotécnica – Aluno do Mestrado em Agroecologia – IFRR/EMBRAPA/UERR

Tarcísio Gomes Rodrigues

Professor do IFRR/Campus Novo Paraíso

Romildo Nicolau Alves

Professor do IFRR/Campus Novo Paraíso

Guilherme José Turcatel Alves

Professor do IFRR/Campus Novo Paraíso

Publicado
2019-12-18