CONTRIBUIÇÃO DA MILITARIZAÇÃO DA ESCOLA PÚBLICA ESTADUAL PROFESSOR JACEGUAI REIS CUNHA, BOA VISTA-RR, PARA MELHORIAS NO ENSINO E ESTRUTURA DO AMBIENTE ESCOLAR

Resumo

Em 2011 foi criado o Colégio Militar de Roraima, uma das instituições de ensino referência no Estado. Diante de um projeto pedagógico de excelência e que traz resultados positivos, a Assembleia Legislativa propôs e o Governo do Estado sancionou a Lei 1225/2018, que trata da militarização de 15 escolas públicas de Roraima, sendo 8 delas na Capital Boa Vista. Segundo a Secretaria de Educação, as escolas foram escolhidas por apresentarem baixos Índices de Desenvolvimento da Educação Básica e vulnerabilidade social, com indisciplina e violência no ambiente escolar. A escola estadual Professor Jaceguai Reis Cunha está entre as escolas contempladas e teve sua realidade mudada de forma positiva após a militarização. O objetivo deste trabalho foi conhecer os pontos positivos da militarização da escola Jaceguai, localizada no bairro Asa Branca, Boa Vista, Roraima. Em agosto 2018 os acadêmicos do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, participantes do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, sob supervisão e coordenação de Professores da escola Jaceguai e do Instituto Federal de Roraima, respectivamente, conheceram a estrutura da escola e fizeram entrevistas com cinco funcionários que trabalharam antes, durante e depois da escola ser militarizada, entre eles, bibliotecária, professores e diretor. A entrevista ocorreu em agosto de 2018. No questionário foram feitas perguntas sobre o funcionamento da escola antes e depois da militarização, e quais as reais melhorias percebidas no referido ambiente escolar. Através do questionário foi possível entender que antes da militarização, a escola enfrentava problemas com a criminalidade e a violência. Foi relatado que a direção da escola sofria ameaças por tentar coibir o uso e a venda de drogas nas dependências da escola e os funcionários trabalhavam com receio de serem vítimas de algum tipo de violência. A escola teve uma parte de sua estrutura incendiada, sendo o incêndio iniciado na sala de informática. A Ação seria uma retaliação criminosa, em resposta a tentativa da direção da escola de acabar com o uso e venda de drogas dentro da escola. Por conta da militarização, os estudantes passaram a ter uma rotina pedagógica mais eficiente, com permanência efetiva e melhor aprendizagem. Portanto, a coibição da violência, da depredação da escola, do uso e venda de drogas, melhorou a disciplina dos discentes e a estrutura da escola, tornando-a um ambiente mais convidativo aos estudos. Além disso, propiciou a segurança, respeito entre os estudantes e para com os funcionários da escola, o que outrora era quase inexistente.