OS JOGOS DE TABULEIRO COMO FERRAMENTA DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA: A EXPERIENCIA DE BOLSISTAS DO PIBID NA ESCOLA ESTADUAL FRANCISCA ELZIKA DE SOUZA COELHO

  • Sidneia Leal Galvão
  • Gabrielle Laryssa Silva e Silva
  • Luã Francisco Brito Santos
  • Luciana dos Santos Pereira
  • Gilberto Pivetta Pires
Palavras-chave: Educação Física, Lúdico, Jogos, Jogos de Tabuleiro

Resumo

Os jogos, além do caráter lúdico e divertido que proporciona ao jogador, também desenvolve funções que vão além do entretenimento, envolvendo também aspectos sociais, cognitivos e afetivos do participante. A intenção para a implementação de um projeto de intervenção pedagógica partiu da observação sobre a aplicação do jogo de forma lúdica nas aulas de Educação Física. Questionando a possibilidade de, por meio dos jogos de tabuleiro, resgatar a cultura da prática dos jogos e beneficiar no ensino-aprendizagem a proposta de implementação objetivou desenvolver práticas de ensino através dos Jogos de Tabuleiro, de modo a oportunizar uma aprendizagem significativa, por meio de atividades lúdicas de ensinar e aprender com métodos alternativos, bem como auxiliar na socialização, no raciocínio lógico, nos conteúdos escolares e nos aspectos biopsicosocial do aluno. Os procedimentos metodológicos incluíram a abordagem qualitativa e de pesquisa-ação, com aplicação de aulas teóricas, pesquisa em laboratórios e bibliotecas sobre a história de jogos, ensino de regras do jogo e atividades práticas, a alunos do ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Francisca Elzika de Souza Coelho na cidade de Boa Vista-RR. Os resultados obtidos indicam a consolidação de uma proposta pedagógica que utilizo a abordagem de conteúdos jogos de tabuleiro, através de diversas metodologias, confirmando inúmeros pontos favoráveis à sua aplicação. Constatou-se que os alunos aprenderam a movimentar-se entre a liberdade e os limites, criando e recriando, praticando e vivenciando as atividades realizadas. O jogo é social quando estimula os alunos a se relacionarem entre si durante as partidas, bem como a incentiva a obedecerem às regras e limites do adversário. A área afetiva ocorre no respeito a vez do colega, durante a partida, bem como no “saber ganhar e no saber perder”, compreendendo que esta prática é inerente ao jogo, e que aquele que ganha, não é melhor do que aquele que perde. O lado cognitivo diz respeito ás competências acadêmicas desenvolvidas pelo estudante com as jogadas, como por exemplo: habilidades de raciocínio, estratégia, comunicação, administração, inteligência emocional, liderança, concentração, negociação, entre outras. Paciência é fundamental no jogo. Esperar pelo movimento do adversário é saber dar chance para que ele faça o melhor dele. Enquanto isso, a criança deve ficar concentrada no jogo, sem realizar outras atividades. Provoca também a imaginação cada movimento no xadrez abre uma infinidade de opções. E como cada peça tem seu movimento particular, somadas essas duas características, a criança tem à sua frente um universo inteiro para criar e imaginar. Precisará usar da versatilidade para aplicar as regras e tentar superar o adversário. E ensina as crianças a ter decisões um movimento errado pode significar uma derrota no xadrez. E a criança irá, então, ter que lidar com seus próprios erros e saber administrá-los. Como outro benefício do xadrez é oferecer chances para se redimir, a criança pode encontrar uma saída para consertar aquele problema, achando a solução sozinha. Concluiu-se que o interesse pelos jogos de tabuleiro desmistificou a concepção que os alunos possuíam sobre jogos, reduzindo a resistência e o desinteresse para a prática efetiva.

Biografia do Autor

Sidneia Leal Galvão

Bolsista CAPES - PIBID - IFRR/Campus Boa Vista.

Gabrielle Laryssa Silva e Silva

Bolsista CAPES - PIBID - IFRR/Campus Boa Vista.

Luã Francisco Brito Santos

Bolsista CAPES - PIBID - IFRR/Campus Boa Vista.

Luciana dos Santos Pereira

Supervisora CAPES – PIBID - IFRR/Campus Boa Vista.

Gilberto Pivetta Pires

Professor do IFRR/Campus Boa Vista.

Publicado
2019-12-19