O USO DE JOGOS RPG COLABORATIVOS NO ENSINO DAS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS: Uma experiência com "uma aventura na selva"

Autores

  • ADNELSON JATI BATISTA IFRR
  • Adna C. Sousa Gomes IFRR/Campus Boa Vista
  • Raimundo N. de Souza Moura IFRR/Campus Boa Vista
  • Yara D. da Silva Araújo IFRR/Campus Boa Vista

Palavras-chave:

Gamificação, Ensino de Matemática, Ensino Colaborativo

Resumo

Este resumo descreve o desenvolvimento e aplicação do jogo “Uma Aventura na Selva”, voltado ao ensino das quatro operações matemáticas básicas para turmas do Ensino Fundamental. O jogo foi desenvolvido com o objetivo de integrar gamificação, aprendizagem colaborativa e conceitos matemáticos, neste jogo os estudantes trabalham juntos para resolver desafios matemáticos, O jogo promove um ambiente de aprendizado inclusivo, onde o sucesso é alcançado por meio de esforços conjuntos. O conceito de aprendizagem colaborativa utilizou como base os estudos de Dillembourg (1999), o autor acredita que esse tipo de aprendizagem ocorre quando dois ou mais indivíduos aprendem ou tentam aprender juntos. O autor discorre que uma colaboração genuína é caracterizada por três elementos principais, objetivos comuns, onde todos os membros do grupo compartilham as mesmas metas, divisão do trabalho, no qual as atividades são distribuídas entre os membros, mas ainda existe um esforço coletivo e, simetria na interação, onde todos os membros do grupo possuem o mesmo nível de hierarquia, conhecimento e responsabilidade. O tabuleiro representa uma selva e diversas cartas de desafios e tesouros, o jogo exige que os estudantes unam esforços para resolver problemas matemáticos, estimulando o raciocínio lógico e o cálculo mental. A metodologia envolveu planejamento, aplicação em sala, coleta e análise de dados, e reflexões. Os professores pesquisadores integraram o jogo ao currículo, promovendo sessões semanais de 45 minutos durante um mês. Os resultados mostraram um aumento médio de 30% nas notas dos testes após a aplicação do jogo, indicando que o método colaborativo, além de aprimorar habilidades matemáticas, fortalece a autoestima e a interação entre estudantes. A experiência colaborativa foi fundamental para desenvolver competências socioemocionais, como liderança, cooperação e respeito mútuo. Observou-se que os alunos inicialmente inseguros passaram a participar ativamente, valorizando a própria contribuição e a dos colegas. O uso do jogo colaborativo "Uma aventura na selva" promoveu engajamento dos estudantes para o ensino das operações fundamentais da matemática, os estudantes se permitiram envolverem-se de forma mais ativa e confiante no processo de aprendizagem, possibilitando uma aprendizagem colaborativa e o desenvolvimento socioemocional dos estudantes. A experiência colaborativa oferecida pelo jogo mostrou que, quando os estudantes trabalham de forma cooperativa, aprendem mais e se desenvolvem como indivíduos capazes de contribuir positivamente para o grupo. Recomendamos o uso de jogos colaborativos no ambiente escolar, em diversas ocasiões, pois além de proporcionar diversão, eles reforçam o aprendizado e promovem um ambiente de ensino mais inclusivo e motivador.

Biografia do Autor

  • ADNELSON JATI BATISTA, IFRR

    Mestre em Ciências (Área de Concentração em Educação Agrícola) pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro- UFRRJ (2015); especialista em Matemática Pura e Aplicada pela UFRR (2004); e Licenciado em Matemática pela UFPA (2002). Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (desde 2007). Ademais, estive à frente da Coordenação de Pesquisa do Campus Novo Paraíso, no período de 1/1/2010 a 5/2/2012; da Coordenação de Pesquisa do Campus Boa Vista, no período de 1/4/2013 a 20/10/2013; da Coordenação do Curso de Licenciatura em Matemática, no período de 21/10/2013 a 31/07/2015; da Direção do Departamento de Ensino Técnico das Áreas de Indústria, Infraestrutura e Informática (Deiinf), no período de 1/8/2015 a 31/03/2016; da Presidência da Comissão Própria de Avaliação do IFRR (CPA); da Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação, no período de 21/12/2020 a 7/10/2021; da Direção da Agência de Inovação do IFRR (AGIF/IFRR), no período de 7/10/2021 a 25/07/2022). Neste momento, estou à frente da Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional (Prodin) desde de 26/7/2022. Sou membro dos Grupos de Pesquisa do CNPq Grupo de Estudos de Energias do Extremo Norte (desde setembro de 2017) e Grupo de Pesquisa em Educação Matemática e suas Tecnologias (desde março de 2020). Além disso, sou um curioso na área de Eletrônica, Robótica e Automação. Das ações que coordenei, as que mais me cativaram foram o Museu Interativo da Matemática (MIM) e o Campeonato de Jogos Matemáticos (CJM). Meu propósito de vida é usar minha dedicação e criatividade para inspirar e colaborar com pessoas que queiram, assim como eu, democratizar a educação em toda a sua amplitude por meio do AMOR, proporcionando às pessoas uma maior qualidade de vida, no mínimo respeitando a si, o outro e a natureza.

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Publicado

2024-12-13