INTERCULTURALIDADE E ENSINO TÉCNICO PRESENTES NO LAVRADO RORAIMENSE: Alunos de Ta’rau Paru no Campus Amajari
Palavras-chave:
Interculturalidade, Taurepang, Ensino Técnico e TecnológicoResumo
O Campus Amajari (CAM), localizado há 156 km de Boa Vista-Roraima, apresenta uma configuração multicultural, composta por aproximadamente 350 discentes, majoritariamente indígenas das etnias Macuxi, Wapichana, Ingarikó, Sapará, Ye’kwana e Taurepang. Em particular, cerca de 30 estudantes Taurepang, oriundos da comunidade Ta’rau Paru, residem no Campus durante o período letivo. Esses alunos possuem especificidades culturais e linguísticas, sendo bilíngues em Taurepang e espanhol, com proficiência limitada em português, o que pode impactar sua integração no ambiente acadêmico. Este projeto objetiva a integração intercultural desses estudantes, promovendo atividades que dialoguem com sua identidade étnica e fortaleçam o aprendizado da língua portuguesa, a partir de atividades culturais. A metodologia compreende levantamento de dados acadêmicos e socioculturais, aplicação de questionários qualitativos e análise de dados para elaborar estratégias pedagógicas e culturais que facilitem a interação com a comunidade escolar. A fundamentação teórica se baseia em autores como Santos (1996) e Candau (2008), que defendem o reconhecimento e a valorização da interculturalidade no contexto educacional técnico, enfatizando o papel da escola como espaço de convergência cultural. A proposta sugere que o CAM pode constituir-se como um ambiente de educação intercultural inclusiva, ao promover práticas pedagógicas alinhadas à diversidade cultural e ao desenvolvimento integral dos discentes indígenas em suas respectivas ementas.