PARÂMETROS MORFOFISIOLÓGICOS EM Brachiaria brizantha cv. Marandu inoculado COM Azospirillum brasilense

  • Silvia Barbosa Souza Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR)
  • Josimar da Silva Chaves Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR)

Resumo

A Região Amazônica tem se destacado no cenário pecuário nacional pelo aumento do seu rebanho bovino. A pecuária nessa região ocupa extensas áreas, e estas compostas basicamente de gramíneas, as quais possuem grande importância, uma vez que se constituem na principal fonte de alimentação dos rebanhos de corte e leiteiros (LIMA e DEMINICES, 2008). De acordo com MACEDO (2005), as espécies de Brachiarias ocupam áreas em torno de 51 milhões de hectares, compondo 85% das gramíneas forrageiras cultivadas. A espécie Brachiaria brizantha cv. Marandu é a que tem adquirido maior expressividade nas áreas de pastagens, sendo bastante estudada (SILVA, 2004). Embora as espécies de Brachiaria sejam tolerantes às condições edafoclimáticas, o manejo inadequado e a ausência na reposição dos nutrientes no solo têm contribuído para aumentar a degradação nas áreas cultivadas. As pastagens apresentam respostas positivas às adubações, sendo que o nitrogênio é o principal nutriente responsável pela manutenção da produtividade, e sua deficiência é apontada como a principal causa de redução na produtividade e degradação das áreas cultivadas com essas gramíneas forrageiras (VASCONCELOS, 2006). Apesar da grande importância do nitrogênio na produção das pastagens, as fertilizações nitrogenadas tendem a elevar os custos de implantação e manutenção das mesmas. Além disso, parte do N introduzido no sistema de produção agrícola é frequentemente perdida, reduzindo a sua eficácia e diminuindo os lucros oriundos dos empreendimentos na pecuária, fundamentados na alimentação do gado com plantas forrageiras (PRIMAVESI et al., 2004). Um fator importante a ser considerado, refere-se ao aproveitamento do nitrogênio pelas espécies de Brachiaria através da Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN), onde essas plantas apresentam a capacidade de associação com bactérias diazotróficas, podendo beneficiar-se do N que é introduzido no sistema via FBN. Estimativas de fixação biológica de N em pastagens, da ordem de 5 a 10 kg/ha-1 de N ao mês, foram compiladas no Brasil por DÖBEREINER (1992), que inferiu a possibilidade de resposta à inoculação no Brasil quando as bactérias introduzidas forem mais eficientes do que aquelas já existentes no solo.
As bactérias do gênero Azospirillum são microrganismos de vida livre fixadores de nitrogênio atmosférico, que vivem em associação com plantas na rizosfera. Um dos benefícios desse processo é a promoção do desenvolvimento e do aumento na produção de biomassa. Na rizosfera, essas bactérias podem auxiliar as plantas por meio da secreção de hormônios. Esses fitormônios sintetizados pelos microrganismos aumentam a taxa de respiração e de metabolismo e a proliferação das raízes, promovendo melhor absorção de água e de nutrientes pelas plantas
(OKON e ITZIGSOHN, 1995). Atualmente, existe concordância na literatura de que as vantagens da associação de plantas com Azospirillum são mais relacionados à promoção do desenvolvimento vegetal, principalmente do sistema radicular, do que à fixação biológica de nitrogênio, embora haja inúmeros relatos que apontam para a viabilidade desse processo de fixação de N. Diante disso, o presente trabalho objetivou avaliar o efeito da inoculação de
bactérias do gênero Azospirillum spp. sobre os teores de clorofila em Brachiaria brizantha cv. Marandu, em condições de casa de vegetação.

Publicado
2013-12-27