COLETORES DE RESÍDUOS: OS RISCOS E A IMPORTÂNCIA DE SEU TRABALHO NO MUNICÍPIO DE BOA VISTA - RR

  • Lidiana Lovato Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR)
  • Yasodara Almeida de Oliveira Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR)
  • Andresa de Jesus Gomes de Paula Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR)
  • Maricelia Carvalho Moreira Leite Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR)
  • Marcele Marília Costa de Brito Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR)
  • Wilma Moraes Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR)

Resumo

O projeto trabalhou diretamente com os catadores da Associação TERRA VIVA, com atividades previstas no período de 18/05 a 18/11 do presente ano, com o objetivo identificar o perfil socioeconômico dos catadores, averiguar o modo de trabalho, desenvolver práticas educativas e orientar sobre novas parcerias comerciais. E mesmo havendo outros grupos de catadores organizados no Município de Boa Vista/RR, o foco do projeto voltou-se a esta associação, por apresentar melhor organização entre os membros, organização de trabalho e local para o desenvolvimento de suas atividades. Com isto exposto, o projeto encaminhou-se com aplicação de questionário e entrevistas pontuais para conhecer a realidade social, econômica e laboral destes, e assim compreender o mosaico da realidade vivida por estes catadores, após expormos a dinâmica do projeto que seria desenvolvido na Associação. No decorrer desta dinâmica, ocorreram as práticas educativas que foram desenvolvidas em parte por voluntários da área de assistente social que trabalhou com o resgatar a identidade do grupo, que devido ao preconceito vivido diariamente se tornou um peso a estes, outro momento contamos com psicóloga para aprenderem a superar os desafios da convivência em grupo e de gestora/advogada para difundir a importância de se organizarem adequadamente como um grupo coeso e unido, além do auxílio na documentação, que estava muito defasada. A vivência com a associação nos trouxe horas de conversa, trocas de experiências, a observação dos riscos a que estes estão exposto como: risco biológico e ergonômico, devido a falta de EPI’s e a estrutura do local ser em parte improvisada, e também propor a estes a parceria com a TERRACYCLE, que é outra opção de envio de materiais que estes não enviavam para a comercialização. Portanto, o trabalho desenvolvido por esta associação, que trabalha com os resíduos sólidos advindos tanto de grandes geradores, quanto de parcerias e comunidade do entorno, nos faz repensar que a crescente produção de resíduos não é responsabilidade unilateral, mas sim de todos nós que fazemos parte dessa sociedade e não tem como simplesmente descartar os resíduos sólidos sem buscar medidas para intervir neste processo, e buscar melhores maneiras para que esse resíduo volte à cadeia produtiva, torna-se a cada dia não mais uma escolha, mas sim a única solução. Expandir cada vez mais iniciativas como esta que promove um ganho não pontual, mas sim abrangente é o que move todos estes voluntários envolvidos neste projeto.

Publicado
2017-12-01