XADREZ PARA JOVENS ESTUDANTES: DESENVOLVENDO HABILIDADES PARA VIDA

  • Gisela Hahn Rosseti Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR)
  • David Gadelha Santos Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR)

Resumo

O projeto ‘Xadrez para jovens estudantes: desenvolvendo habilidades para vida’ veio da observação da pouca prática de Xadrez entre os jovens estudantes do Ensino Médio dos Campi Boa Vista Zona Oeste e Boa Vista e de outras escolas da Zona Oeste de Boa Vista-Roraima. Sabendo da importância da prática do Xadrez e das habilidades que ele ajuda a desenvolver em seus praticantes buscou-se propagar a prática do Xadrez entre estudantes da Zona Oeste da cidade de Boa Vista, contando-lhes sobre sua história, ensinando-lhes os princípios básicos do jogo, estratégias de abertura, meio jogo, finais, movimentos especiais, entre outros elementos do Xadrez. Buscou-se estabelecer relações entre o aparente simples jogo com a vida e o cotidiano, a fim de obter reflexões sobre a modalidade e sua importância. O estudo tem como objetivo, além de propagar a prática do xadrez e facilitar o acesso ao mesmo, identificar, através de sua prática melhorias em habilidades em comunicação, empatia, assertividade, civilidade, resolução de problemas, mediação de conflitos, capacidade de atenção, raciocínio lógico, memória, aprendizagem, percepção visual, entre outras que possam contribuir no desempenho escolar e nas relações interpessoais dos jovens estudantes participantes do projeto. Além de despertar o interesse pela prática do Xadrez como atividade interessante para o cotidiano e para a vida pessoal e em sociedade dos jovens estudantes. Os locais de realização do projeto foram o IFRR-Campus Boa Vista Zona Oeste e a Escola Estadual Maria dos Prazeres Mota. A referida escola estadual foi escolhida para a realização do projeto, de forma aleatória. Houve divulgação nas salas de aula, distribuição de fichas de inscrição e fixação de cartazes nos murais. Durante a realização do projeto eram espalhados diversos tabuleiros pelas mesas do pátio e da praça das Iguanas, bem como utilizadas salas. Jogavam Xadrez não apenas os inscritos no projeto, mas também aqueles que passavam por esses locais, ao aproximarem-se eram convidados a participar e muitos ficavam. Notória foi a visão dos jovens estudantes de que o Xadrez é uma prática elitizada e que os seus praticantes possuem alguma forma de superioridade intelectual. Foram aplicados questionários fazendo uma sondagem com os praticantes, de modo que fosse possível compreender o porquê dos jovens verem o Xadrez como uma prática de elite e quais habilidades os mesmos acreditavam serem aguçadas naqueles que o praticam. Os resultados obtidos até o dado momento foram: os jovens estudantes, mesmo sem embasamento científico, acreditam que o Xadrez desenvolve habilidades cognitivas, aprimora memória, entre outras. Devido a isso, no geral a conclusão dos jovens foi que, tal como ocorre historicamente, uma modalidade altamente positiva para o desenvolvimento mental mantém-se um tanto restrita a maioria das pessoas, fazendo com que vejam o Xadrez de forma limitada e acessível a um grupo de pessoas intelectualmente superiores, quando, na realidade, os mesmos não praticam ou praticavam por não terem tido estímulo.

Publicado
2017-12-05