AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS NO IGARAPÉ MECEJANA NA CIDADE DE BOA VISTA-RR

Autores

  • Elyne Fernandes Furtado
  • Eliana Fernandes Furtado Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR)
  • Willams Lopes Pereira Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR)
  • Maria do Perpetuo Socorro Pereira Silva Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR)

Resumo

A ação antrópica e o crescimento urbano desordenado em áreas de preservação ambiental na cidade de Boa Vista - RR, estão comprometendo o balanceamento dos mananciais, em especial o igarapé Mecejana, onde sua nascente é oriunda do Lago do Parque Anauá e considerado como um dos principais mananciais de abastecimento da bacia hidrográfica do Rio Branco. Por isso, este estudo tem por objetivo avaliar a ação antrópica ocasionando um desequilíbrio nas áreas de preservação permanente ao longo do igarapé. Para realização desse estudo foi traçado um treansectos delimitando a área de estudo em duas estações distintas compreendido entre as coordenadas geográficas na primeira estação de 2° 49’ 29,30” N e 60º 40’ 48,49’’ W e a segunda estação a 2° 49’ 19,14” N e 60° 40’ 52,54’’ W. A metodologia da pesquisa foi centrada na pesquisa de campo com observação “in situ” e combinada com levantamento bibliográfico. Durante todo o percurso do corpo hídrico, foram realizados registros fotográficos para identificar possíveis danos de impactos ambientais ocasionado pela ação antrópica principalmente os rejeitos domésticos. Procurando analisar os impactos ambientais nas duas estações de coletas foram aplicados o Protocolo de Avaliação Rápida da diversidade de habitats de Ohio (1987), modificado por Callisto, (2002). Com base nos indicadores de avaliação rápida foram observados os parâmetros físicos e biológicos já pré-definidos. Para isso, observou-se as condições de habit como: retirada da mata ciliar, erosão, assoreamento, modificação do curso d’agua, poluição e as edificações ao longo do manancial. Portanto, o valor final do protocolo de avaliação foi obtido a partir do somatório dos valores atribuídos a cada indicador independente. Na primeira estação foram observados 22 parâmetros e obteve-se pontuações entre 2 e 5 pontos indicando grau de impactos variados, sendo essa estação considerada uma situação leve e natural. Na segunda estação, obteve-se valores entre 2 e 4 considerada situação em condição de impacto leve e alterada, propondo assim, resultados similares entre as duas estações, ao que se considera as condições especificas entre a diversidades de habitats. Sendo que, a pontuação final representada como trechos “alterados”, notadamente está de acordo com os passos da avaliação que esse classificação ocorreu por contribuição das atividades antrópicas da população, a falta de saneamento básico e a descaracterização natural da mata ciliar e do leito do igarapé, feito com concreto como também a ausência de rápidos (dissipadores de energia) e assoreados em alguns trechos por rejeitos domésticos.

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Publicado

2017-12-21