A GLOBALIZAÇÃO DOS CARTÕES POSTAIS: A EXPERIÊNCIA DO POSTCROSSING
Resumo
A referida comunicação é fruto de um projeto INOVA aplicada numa turma de 44 alunos do segundo semestre do ensino médio do IFRR\CBVZO intitulado "Troca de postais\postcrossing". A ideia do projeto consiste numa proposta interdisciplinar que permita aos (as) alunos (as) o intercâmbio dos cartões postais de diversas partes do mundo, relacionando outros saberes e outros sujeitos, conforme a proposta do eixo norteador. A metodologia consiste inicialmente na formulação dos perfis pessoais no site www.postcrossing.com com foto (inicialmente em português com tradução para a língua inglesa) e o envio dos cartões postais, através do sistema disponibilizado no referido site, que escolhe aleatoriamente os destinatários (até cinco destinatários inicialmente) com o registro de identificação dado pelo próprio site (que permite o registro por parte do destinatário quando o postal chegar). A terminologia inglesa "postcrossing" significa atravessar, cruzar os postais. O registro da criação cartão postal foi do militar austríaco Emmanuel Hermann em Viena em 1869 através de um artigo intitulado "Acerca de um novo meio de correspondência", como símbolo de globalização e rapidez durante o período da Revolução Industrial. Mais de um século depois, a ideia do português Paulo Malhães em 2005 foi de criar na internet uma rede de postcrossers, ou seja, de usuários da Internet que utilizam essa ferramenta tecnológica para a troca de cartões postais interpessoais escolhidas de forma aleatória permitiu a contínua ampliação e aperfeiçoamento desse sistema de troca de postais, envolvendo usuários de quase todos os países do mundo e atualmente com mais de 600.000 usuários. A ideia permitiu, assim, criar pontes entre o mundo virtual (da internet) com o mundo físico (dos cartões postais na sua forma física propriamente dita). Os resultados esperados envolvem: 1) A percepção, a leitura e a interação dos (as) alunos (as) com as diversidades humanas, paisagísticas, linguísticas, geográficas, históricas, arquitetônicas e culturais dos diversos participantes dos "postcrossers" (terminologia inglesa dos que fazem os intercâmbios dos postais), bem com o respeito a essa diversidade, além da inclusão digital e melhoria da produção textual.