RACISMO, PARA QUÊ?
Palavras-chave:
Brincadeiras africanas, Língua Espanhola, RacismoResumo
O presente trabalho consiste em um relato de experiência a partir da aplicabilidade do Projeto “Racismo, para quê?”, executado no Colégio Militarizado Jaceguai Reis Cunha de Boa Vista-Roraima, nas turmas de 6°, 7°, 8° e 9° ano do Ensino Fundamental II, todas em torno de 25 a 30 alunos, neste ano de 2018, tendo como base teórica a pedagogia histórico crítico cultural. O fator motivacional para desenvolvimento da ação se deu a partir da disciplina de Estágio Supervisionado I, do Curso de Letras-Espanhol e Literatura Hispânica, em que se observou, na referida escola, momentos de preconceito com negros e, até, imigrantes. Diante de tal situação, foi desenvolvido um trabalho de 40h aula, evidenciando a temática racismo para trabalhar a língua espanhola, a literatura e, ainda, temas que estivessem ligados às demais disciplinas das referidas turmas. Diante disso, e de primar por uma educação como ato de produzir, em que a prática social é o ponto inicial e de chegada da prática educativa, surgiu à ideia de envolver as brincadeiras africanas, com objetivo de propiciar momentos para que os alunos compreendam diferentes contextos em que o racismo foi evidenciado ao longo da história. Para tanto, ocorreu aplicabilidade metodológica de aulas práticas e teóricas, bem como o uso de aulas dialogadas, brincadeiras, trabalhos em grupos dentre outras orientadas e supervisionadas pelo Instituto Federal de Roraima Campus Boa Vista. Tal regência foi conduzida a partir do texto literário: “La niña bonita”, permeando as ideias de Nogueira (2008), em que o gênero literário vai além de uma simples decodificação, mas traz a tona a criticidade para a realidade. A experiência da observação e da docência permitiu delinear a prática como mediadora, diante do contexto real dos envolvidos e, acima de tudo, trouxe para o processo de formação e de um futuro na área educacional, meios para refletir sobre o papel de ser um professor mais atuante na vida estudantil do aluno. Com isso, foi possível realizar ações de interação entre discentes que antes não haviam conversado, minimizando a distância e concretizando que as brincadeiras são estratégias significativas para vencer o racismo.