LEVANTAMENTO DAS ESPÉCIES DE PALMEIRAS NO ENTORNO DO CAMPUS NOVO PARAÍSO

  • Vinícius Passos Silva
  • Kauê Felipe Sousa Silva
  • Carlos Daniel Almeida de Alencar
  • Vicente de Brito Fóggia
  • Lívia Rodrigues da Silva
  • Carlos Henrique Lima de Matos
Palavras-chave: Bacaba, Distribuição, Patauá, Transecto

Resumo

As palmeiras pertencem à família Arecaceae e ocorrem principalmente em regiões de clima tropical. A região Amazônica é conhecida por abrigar uma variedade de espécies que se distribuem nos diferentes ecossistemas amazônicos, tais como, florestas de terra firme, várzea e áreas abertas. No sentido de viabilizar e fornecer informações adicionais para tomadas de decisões na aplicação de técnicas de extração e conservação de espécies, este projeto teve como objetivo fazer o levantamento da vegetação bem como analisar a distribuição espacial de três espécies de palmeiras a fim de contribuir para as ações de planejamento e conservação, em floresta ombrófila densa no Campus Novo Paraíso. O projeto foi desenvolvido na área florestal do Campus, localizado na BR 174, km 512, Vila Novo Paraíso, no município de Caracaraí. O procedimento metodológico aplicado incluiu a implantação de dois transectos, totalizando dois quilômetros de trilhas, em que foram obtidos dados de ocorrência e distribuição das espécies estudadas, para isso, todos os indivíduos foram localizados por meio de coordenadas geográficas obtidas com receptor GPS. Para o levantamento florístico foram registrados e identificados os indivíduos de palmeiras com Diâmetro a Altura do Peito (DAP) maior ou igual a 10 centímetros e que estivessem a 20 metros do lado esquerdo ou direito dos transectos implantados. No total, foram observados 178 indivíduos pertencentes ao mesmo gênero, sendo a espécie Oenocarpus bataua, conhecida popularmente como patauá, a mais abundante, 85,3%, seguida da espécie Oenocarpus bacaba, conhecida como bacaba, com 14,6%, coletados entre o período de 27 de junho a 19 de outubro, abrangendo uma área de 7,6 hectares. A terceira espécie de palmeira estudada, Attalea maripa, conhecida popularmente como inajá não foi encontrada na área pesquisada, provavelmente este dado se deve a ecologia da espécie, que prefere áreas abertas, como por exemplo, áreas de pastagens. Dados de distribuição geográfica e densidade ainda estão em processo de análise e serão apresentados posteriormente. O levantamento dessas espécies corrobora a utilização das mesmas, pois são espécies promissoras para a produção de óleo como biodiesel. Além disso, dados da ocorrência da espécie Oenocarpus bacaba passarão a incluir esta espécie no mapa de distribuição da mesma no estado de Roraima, pois a literatura existente não aponta esta espécie no estado.

Publicado
2019-07-03