DA PERCEPÇÃO SOCIAL DO SUJEITO À CONSTRUÇÃO DAS IDENTIDADES PROFISSIONAL E INSTITUCIONAL NO ÂMBITO DOS INSTITUTOS FEDERAIS DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Palavras-chave:
Identidade Social, Identidade Profissional, Identidade InstitucionalResumo
Tendo como referência as teorias da ação social e o contexto das relações profissionais entre os atores ou agentes sociais que compõem o quadro de servidores dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs), este texto busca trazer para o debate algumas questões relacionadas à constituição das identidades social, profissional e institucional, além das interações entre elas, no desenvolvimento das ações institucionais. Dividido em tópicos, a partir da motivação de um tema central proposto, tece inicialmente considerações sobre os mecanismos de identificação do sujeito histórico e de sua identidade social tanto na perspectiva do reconhecimento ou imagem que tem de si e de como se percebe nas interações com os demais membros do grupo de convívio social quanto em relação ao seu reconhecimento pelos outros ou ao modo como é visto, definido e aceito pelos demais integrantes do grupo. Em seguida, aborda a constituição das identidades social e profissional dos sujeitos na perspectiva das ciências sociais, embora reconheça a intimidade do tema com as ciências humanas. Com base em sua identidade social, o sujeito histórico forja e constitui sua identidade profissional, primeiro, influenciado pelo idealismo da profissão que escolheu e pelos meandros do processo de formação a que é submetido e, depois, pela realidade concreta no contexto do trabalho, por meio das ações e das interações que é levado a realizar para o desenvolvimento de suas atividades laborais. Nesse sentido, o texto aponta para momentos distintos no processo de formação da identidade profissional, caracterizados como a identidade profissional de formação ou de ofício e a identidade profissional de atuação ou de exercício. Constituída a identidade profissional, ela não se torna estática ou petrificada, podendo ser maleável e ajustada a diferentes situações, segundo a dinâmica do contexto socioprofissional em evidência. Em seguida, o texto aborda, no tópico subsequente, a constituição da identidade institucional e cita pelo menos quatro dimensões nessa constituição, entre as quais destaca a dimensão coletiva como aquela que deveria estar referenciada no Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI. Depois, busca, no último tópico, elementos para discutir a complexidade das relações e das interações entre as identidades social, profissional e institucional, na perspectiva das ações dos agentes institucionais. Considera, mesmo que de forma superficial, algumas questões relacionadas ao exercício do poder, aos processos de gestão e ao princípio da autonomia como categorias de análise importantes para o reconhecimento das identidades e para o cumprimento da função social institucional.
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