TIPOS MORFOFUNCIONAIS DE PLÂNTULAS DE QUATRO ESPÉCIES DE PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS (PANC’s)
Keywords:
Morfologia, Plântulas, PANCs, RoraimaAbstract
A flora de Roraima ainda é pobremente amostrada sendo urgente a ampliação do esforço de coleta e de estudos em todo o estado. Por sua vez, estudos sobre a morfologia funcional de plântulas são importantes para a compreensão de vários processos ecológicos, bem como podem apresentar aplicação sistemática. Para Roraima, ainda existem poucos trabalhos sobre morfologia de plântulas, ressaltando a necessidade de ampliar estudos com este enfoque. Assim, o presente projeto tem como objetivo identificar os tipos morfofuncionais de plântulas de espécies de plantas utilizadas como alimentícias não convencionais no Estado de Roraima. Para o estudo de morfologia de plântulas foram coletadas sementes de espécies selecionadas e os seus testemunhos incorporados ao herbário da Universidade Federal de Roraima. Plântulas e seus grupos morfofuncionais seguem definições disponíveis na literatura de referência para este tipo de estudo. Os grupos morfológicos de plântulas foram categorizados conforme classificação que empregam dicotomicamente três caracteres de cotilédones (emergência, posição e função) para reconhecer os seis tipos morfológicos de plântulas existentes. Foram investigadas o tipo morfofuncional de plântulas de quatro espécies utilizadas como alimentícias não convencionais: Eryngium foetidum L. (“coentro-do-Pará”), Luffa aegyptiaca Mill. (“bucha”), Amaranthus cf. viridis L. (“caruru”), Talinum triangulare (Jacq.) Willd. (“Beldroega-grande”). Todas as espécies analisadas apresentaram plântulas do tipo Morfofuncional PEF (fanero-epígeo-foliáceas), ou seja, apresentam os cotilédones expostos, acima do nível do solo e são fotossintetizantes. O hipocótilo apresentou diferentes comprimentos nas diferentes espécies, mas apresentaram a mesma coloroção esverdeada, os cotilédones também apresentaram diferenças nas suas dimensões, sendo que Luffa aegyptiaca possuiu os maiores comprimentos de hipocótilo e cotilédones. Os resultados corroboram estudos anteriores de morfologia de plântulas com plantas heliófitas, que necessitam de um bom suporte de luz para seu desenvolvimento inicial.