PRÁTICA DE LÍNGUA ESPANHOLA NA PERSPECTIVA DA PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA E O DESENVOLVIMENTO DO PSIQUISMO: UMA ANÁLISE À LUZ DA PSICOLOGIA HISTÓRICO CULTURAL

Abstract

Este trabalho analisa o desenvolvimento do psiquismo do discente de Língua Espanhola por meio de uma prática educacional embasada na Pedagogia HistóricoCrítica, fundamentando-se na Psicologia Histórico cultural, pois, atualmente, em meio a era tecnológica, muitos educadores para que obtenham êxito em sua prática pedagógica recorrem a elaboração de aulas lúdicas e dinâmicas com intuito de despertar o interesse dos estudantes para aquilo que necessita ser aprendido. No entanto, os índices revelam alunos com baixos rendimentos, com bastante dificuldade para compreender e produzir um texto. Ao voltarmos os olhares para esta realidade, nos indagamos se o que ensinamos ou a forma em que ensinamos tem relação para o sucesso na formação plena dos discentes, ou seja, se uma prática pedagógica na perspectiva da Pedagogia Histórico-Crítica contribui para o desenvolvimento do psiquismo dos alunos. Desta maneira, traçamos como objetivo analisar se uma prática de Língua Espanhola à luz da Pedagogia Histórico-Crítica exerce influencia no desenvolvimento do psiquismo dos estudantes. Para atingir tal objetivo, realizamos primeiramente um levantamento dos fundamentos teóricos da Pedagogia Histórico-Crítica e da caracterização das funções psíquicas superiores, com o intuito de identificar quais destas funções são desenvolvidas no processo de ensino e aprendizagem das aulas de Língua Espanhola. Para a analise dos dados, ultilizou-se o método Materialismo Histórico-Dialético, e quanto aos procedimentos, a observação e os registros do diário de campo. O levantamento dos dados foi realizado em uma turma da educação básica, do município de Boa Vista, na qual foi aplicado um projeto de extensão com o seguinte tema: “Encuentro de Culturas: Juegos Infantiles.” Desta forma, foi observado que não é qualquer conteúdo que contribuirá para formação do psiquismo dos estudantes, pois, como seres sociais tudo o que somos e criamos são frutos da atividade humana produzidos ao longo do processo histórico. Assim, para que haja um ensino desenvolvente é necessário que ao aluno sejam apresentados os signos culturais, a fim de desenvolver as máximas potencialidades. Em outras palavras, ao desenvolver uma aula de Língua Espanhola voltado para o resgate das brincadeiras infantis e para o conhecimento e respeito da diversidade cultural presente na classe, verificamos que diferentemente do que é trabalhado rotineiramente, os alunos puderam ir além, ou seja, não houve somente recreação, diversão, mas por meio dos jogos e brincadeiras, as crianças puderam se apropriar dos conhecimentos historicamente acumulados, isto é, para a compreensão da realidade objetiva buscaram na história das brincadeiras uma visão da realidade social em que vivem. Assim, verificamos que um planejamento com base na Pedagogia Histórico-Crítica, a criança não vai apenas brincar por brincar, mas por detrás do desenvolvimento do lúdico em sala de aula tem que haver uma intencionalidade, pois, Saviani (2003) afirma que deve-se identificar os elementos culturais que precisam ser assimilados, distinguido entre o essencial e o acidental, o principal e o secundário, o fundamental e o acessório, observando a organização dos meios, por meio dos quais, progressivamente, cada indivíduo singular compreenda a humanidade produzida historicamente.