INSTRUMENTAÇÃO ENDODÔNTICA: ABORDAGEM DE CASO CLÍNICO E A COMPARAÇÃO DE TÉCNICA RECIPROCANTE E MANUAL

Abstract

A terapia endodôntica preconiza a limpeza e modelagem do canal radicular minimizando a quantidade de bactérias e seus subprodutos presentes. A instrumentação dos canais é uma etapa de grande importância para o sucesso da terapia, por esse motivo deve ser realizada da maneira mais eficiente possível. O objetivo deste trabalho é realizar uma comparação entre a técnica de instrumentação manual e a reciprocante. A metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica com análise de artigos encontrados nas bases de dados scielo, pubmed e google acadêmico e análise de caso clínico de paciente submetido a tratamento endodôntico com sistema de instrumentação rotatória reciprocante. Os critérios de inclusão foram as referências teóricas fundamentais para o desenvolvimento do trabalho e abordagem de casos clínicos. Como critérios de exclusão foram considerados a data de publicação e qualificação da revista. As palavras-chave utilizadas foram: instrumentação endodôntica, sistema reciprocante, limas reciprocantes e instrumentação manual na endodontia. Como resultado, foi observado o tratamento endodôntico com instrumentação reciprocante de paciente do sexo feminino com 23 anos apresentando queixas de dor no elemento 15. Foi observado radiograficamente que havia presença de cárie sem condições para tratamento com dentística restauradora. Primeiramente foi feita a abertura coronária utilizando broca esférica 1012 haste longa e localização dos dois condutos existentes, palatino e vestibular. A seguir foi feito a odontometria utilizando o localizador apical Apex 1 – Gnatus, o comprimento de trabalho nos dois condutos foram de 19mm. Com a intenção de descomprimir os condutos e evitar fratura foi iniciada instrumentação com limas manuais do tipo K n° 10 até n° 25. Para realizar a instrumentação até o comprimento de trabalho foi usado a lima R-25 do sistema reciprocante nos dois condutos. Realizando a limpeza adequada dos condutos com maior facilidade de operação e menor tempo, sem que haja o estresse da lima. Dessa forma, torna a instrumentação eficaz e segura. Ao final do tratamento paciente relata ausência de dor. Pode-se concluir que o preparo do canal radicular com limas manuais costuma limitar o clínico quanto ao tempo de tratamento e riscos de fratura do instrumento. O sistema de instrumentação com limas reciprocantes confere grande flexibilidade, maior resistência à fratura, menor tempo de trabalho, menor fadiga pelo operador, melhor eficiência de corte e maior resistência à corrosão, quando comparada com o sistema convencional.