ATENDIMENTO INDIVIDUALIZADO COMO ESTRATÉGIA PARA A PROMOÇÃO DA APRENDIZAGEM

Abstract

A assistência pedagógica à estudante com Necessidades Especiais (TEA) tencionam a promoção de adaptações do ambiente e do conteúdo educacional às necessidades específicas do acadêmico. Esse suporte integrado a outras ações, contribui para participação de forma mais efetiva às atividades escolares e viabilizam o desenvolvimento tanto no campo acadêmico quanto pessoal. A pessoa com TEA segue percursos de desenvolvimento com aspectos comuns em sua atipia, mas também com individualidades bastante singulares, próprias de cada experiência de vida. Considerando o momento de observação do estudante durante o atendimento na sala multifuncional, foi possível identificar que ele demonstrava diversas dificuldades, entre as quais destaca-se: a escrita de pequenos textos somente em caixa alta, fala excessivamente articulada e pausada, sem interação com o professor, indicando a necessidade de intervenções pedagógicas direcionadas. Ao que foi elaborado um plano para atendimento individualizado, com vistas a minimizar as barreiras enfrentadas pelo estudante no desenvolvimento de suas ações em sala de aula, viabilizando um suporte mais favorável ao seu progresso. O trabalho realizado esteve centrado em conteúdos relacionados ao componente curricular de Química, organizado de forma simplificada, com recursos didáticos adaptados e variados. Entre eles: vidraria e materiais de segurança de laboratório, desenhos, vídeos e pesquisas no google, auxiliando na assimilação de conceitos complexos. O trabalho foi conduzido de forma gradual, levando em conta as particularidades do estudante e respeitando seu ritmo de aprendizado. Por meio das atividades executadas foi possível detectar progresso nas habilidades de fala e de escrita, na compreensão dos conteúdos estudados à medida em que o estudante passou a verbalizar de forma mais organizada a sequência lógica dos conceitos abordados, chegando a organizar e a cumprir uma apresentação em powerpoint sobre uma prática de laboratório. Outro aspecto relevante observado foi a relação de confiança do estudante com a mediadora da ação, em vários momentos ele relatou situações do seu dia a dia com facilidade, articulando várias frases. O acompanhamento contínuo e a adaptação das atividades ao longo do tempo foram essenciais para o seu envolvimento com as atividades. Frente ao exposto consideramos que o estudante com TEA pode apresentar desafios relacionados à comunicação social, à linguagem e à interação social, o que pode impactar tanto na dinâmica das aulas quanto sua rotina na instituição escolar. Nesse contexto, cabe ao professor, como mediador do processo educativo, compreender essas particularidades e propor estratégias alternativas, criando oportunidades para o alcance dos objetivos educacionais.