COMPARAÇÃO DOS VALORES REAIS DE CONSUMO DE MATÉRIA SECA COM AQUELES OBTIDOS DAS EQUAÇÕES DE PREDIÇÕES PELO SISTEMA NRC (2001) EM NOVILHAS MESTIÇAS HOLANDÊS X ZEBU
Abstract
O Brasil tem hoje o maior rebanho comercial de bovinos do mundo, já ultrapassa os 200 milhões, o número já ultrapassa número de habitantes. O boi brasileiro é denominado de “boi verde”, ou seja, sua alimentação é quase 100% baseada em pasto, o que resulta em um menor teor de gordura e diminui o risco de doenças originadas na alimentação a base de ração.
A alimentação a base de forragem permite na criação de ruminantes a obtenção de produtos de origem animal (lã, leite, carne, couro) com custos mais baixos. Entretanto, os autores Beever & Moud (2000) relatam que a grande diversidade de forragem representa ao mesmo tempo oportunidades e desafios para a utilização destes alimentos na dieta dos herbívoros. Esta diversidade mencionada não se refere apenas à enorme quantidade de espécies com potencial forrageiro, mas também às grandes variações encontradas para uma mesma espécie forrageira. Existem muitos fatores importantes na avaliação dos sistemas de criação de bovinos criados exclusivamente a pasto o mais importante deles é o consumo. Tais fatores são exaustivamente estudados pois nos ecossistemas de pastagens ocorrem constantes mudanças nos comportamento das plantas e dos animais e contínua simbiose entre eles (Maraschin, 1994). Tal importância deve-se ao fato da alta correlação existente entre o consumo de forragem e o desempenho animal, uma vez que esta é a fonte de nutrientes para o animal. O Consumo voluntário é definido por Forbes (1995) como a quantidade de alimento ingerido por um animal ou grupo de animais em determinado tempo, com livre acesso ao alimento.