CLASSIFICAÇÃO DO POTENCIAL DE USO DAS CLASSES REPRESENTATIVAS DO INSTITUTO FEDERAL DE RORAIMA, CAMPUS NOVO PARAÍSO
Keywords:
Capacidade de uso, Levantamento pedológico, Perfil de solo, Aptidão agrícolaAbstract
Para que sejam manejados de forma adequada, é de fundamental importância a realização de um levantamento pedológico, a fim de identificar as classes de solos existentes, avaliar suas limitações e aplicar um manejo diferenciado. Com esses resultados, pode-se realizar o aproveitamento dos solos da região de forma sustentável da área disponível para prática do ensino agrícola, bem como fornecer subsídios aos pequenos e médios agricultores da região, visando à fixação do homem no campo e, ainda, aumentar o banco de dados dos solos existentes no estado de Roraima. O objetivo deste trabalho consistiu em classificar os tipos de solos que estão presentes na área do Instituto Federal de Roraima, Campus Novo Paraíso, quanto a morfologia, química, física e a capacidade de uso. Foi aberta uma trilha de, aproximadamente, 1 km com o uso de facões e foices. No percurso, foram realizadas tradagens a fim de determinar a variação de solos através dos atributos cor e textura e considerando a variação do relevo. A partir daí, determinou-se o local de abertura de perfis para classificação. As trincheiras foram abertas com 1 m de profundidade. Os perfis foram, então, classificados de acordo com o Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos. Amostras de todos os horizontes foram retiradas e preparadas (secagem, destorroamento e peneiramento) para envio a laboratório. A análise de campo verificou três classes de solo distintas: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Hidromórfico (RQg), GLEISSOLO HÁPLICO (GX) e PLINTOSSOLO HÁPLICO (FX). A existência de solos hidromórficos nas cotas mais baixas, caso do RQg e GX, está condizente com a oscilação do lençol freático observada na região, podendo ultrapassar 6 metros. Nas regiões de topo observadas, com diferença de cota inferior a 10 metros em relação à base, constatou-se uma maior drenagem do perfil refletida em cores amareladas do FX. Com os resultados das análises químicas e físicas dos perfis, previsto para novembro deste ano, será possível verificar a capacidade de uso desses solos para sua utilização agropecuária.