DESAFIOS E ESTRATÉGIAS NO COMBATE AO RACISMO NAS ESCOLAS
Keywords:
Racismo, Negro, DiscriminaçãoAbstract
O presente projeto de pesquisa visa estimular o processo reflexivo sobre o desafio e estratégia do combate do racismo nas escolas, tendo como foco de análise o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima –IFRR, campus Boa Vista Zona Oeste. Partiu-se do pressuposto que a tomada de consciência e seu aprimoramento se darão do aperfeiçoamento da aprendizagem e da formação do cidadão presente nas escolas. É sabido que é imprescindível a valorização do negro e sua cultura africana e afro-brasileira dentro do ambiente escolar. Assim, o objetivo do projeto visa propiciar e oportunizar momentos reflexíveis sobre a identidade racial, bem como da percepção política de correção, reconhecimento e de valorização de todos os aspectos que envolvam a cultura africana e afro-brasileira. Desse modo, apesquisa foi desenvolvida metodologicamente a partir da realização do levantamento de autores e obras que tratam sobre a temática em voga. Em segunda etapa, foi aplicada uma pesquisa, questionário tipo fechado, seguida de uma palestra junto aos alunos dos primeiros anos dos cursos técnicos integrados ao ensino médio em Comércio e em Serviços Públicos, bem como com os alunos de quarto e quinto módulo dos referidos cursos, além dos cursos subsequentes e com aqueles participantes do curso de formação inicial e continuada –FIC em língua inglesae seus respectivos educadores, totalizando 248 participantes. De modo mais geral, acredita-se que existe a necessidade de corrigir injustiças, eliminar discriminações e promover a inclusão social e a cidadania no seio da escola e adjacência, pois são ações que vislumbram políticas afirmativas e práticas pedagógicas dentro do processo educacional. Assim, como resultadodessa pesquisa,verificou-se que nos cursos técnico em Comércio e Serviços Públicos integrados ao ensino médio se acredita que visibilidade do negro em ambientes sociais é muito mais como empregada doméstica ou segurança do que como gerente ou chefe de departamento, num percentual de 29% e 32%, respectivamente. O que se pretende com a pesquisa é ter um diagnóstico sobre “o que é ser negro no instituto federal?”, a fim de cientificamente trazer à tona um debate sobre o racismo velado.