FORMAÇÃO CONTINUADA E A PERSPECTIVA INCLUSIVA NA CONSTRUÇÃO DE PLANOS DE ENSINO
Palavras-chave:
Formação continuada, Plano de ensino, Inclusão, AdaptaçõesResumo
Em um mundo em constante mudança social, os desafios educacionais e as necessidades dos alunos evoluem rapidamente, e os professores precisam estar preparados para acompanhar essas transformações. As ações de formação continuada promovem o aperfeiçoamento constante das práticas pedagógicas, contribuindo para uma educação de maior qualidade. Nesse contexto, o Departamento de Apoio Pedagógico e Desenvolvimento Curricular (DAPE) vem realizando, ao longo do ano letivo, diversos Encontros de Formação Continuada. Entre as iniciativas, destaca-se o Encontro de Formação Continuada com o tema “Discutindo a Construção de Planos de Ensino numa Perspectiva Inclusiva” que teve como objetivo orientar o preenchimento do Plano de Ensino, com especial atenção para possíveis adaptações nas atividades pedagógicas. Foram abordados aspectos fundamentais, como metodologia, atividades, recursos e avaliações, visando tornar o instrumento mais inclusivo e adequado às necessidades de todos os estudantes. A Metodologia esteve estruturada na exposição dialogada, apresentação da temática e dos objetivos, as possíveis adequações no Plano de Ensino e sua importância para a prática pedagógica inclusiva, organização dos participantes em subgrupos para a elaboração de um plano de ensino com adaptações necessárias para a turma/curso. As interações tiveram o enfoque na utilização de planos de ensino reais como ponto de partida para a discussão e a construção de novas propostas, priorizando atividades que promovam a participação ativa dos estudantes e atendam a diversidade de aprendizado bem como no estímulo à troca de experiências. A partir da avaliação da ação pelos participantes, foi possível detectar que os objetivos propostos foram alcançados pois, avaliaram positivamente o conteúdo apresentado, com 40,7% afirmando que o conteúdo contribuiu muito para o entendimento sobre a construção de um Plano de Ensino inclusivo, e 59,3% afirmando que contribuiu satisfatoriamente. Muitos professores destacaram que a formação esclareceu a diferença entre atividades pedagógicas e procedimentos metodológicos, além de oferecer novas perspectivas sobre metodologia e avaliação inclusiva. O suporte oferecido pelo DAPE também foi amplamente reconhecido, com 96,2% dos participantes considerando-o satisfatório ou muito contributivo. No entanto, alguns desafios foram identificados, entre os quais dificuldades na adaptação dos planos de ensino para alunos com necessidades especiais, em particular para aqueles com duplas excepcionalidades. Os relatos indicam a necessidade de abordagens mais específicas e práticas em futuras formações, especialmente sobre temas como avaliação da aprendizagem, metodologias inclusivas e trabalho interdisciplinar. Entre as sugestões apresentadas, destacam-se a inclusão de estratégias multidisciplinares voltadas para a permanência e o êxito dos alunos. Houve pedido reiterado para que o tema da inclusão continue sendo explorado, porém com um enfoque mais prático. Em síntese, a formação atingiu seu propósito ao promover reflexões e oferecer novas abordagens para a construção de planos de ensino inclusivos. No entanto, as sugestões apresentadas reforçam a necessidade de futuras ações mais práticas. Assim, o aprimoramento contínuo dessas formações é essencial para fortalecer a qualidade pedagógica e atender às demandas do cotidiano acadêmico institucional.