REFLEXÕES SOBRE OS AVANÇOS E RETROCESSOS NO ENSINO DE LÍNGUA ESPANHOLA NO BRASIL APÓS A REVOGAÇÃO DA LEI N.º 11.161, LEI DO ESPANHOL

Abstract

Este artigo tem como objetivo refletir sobre os principais avanços e retrocessos no ensino da língua espanhol no Brasil, após a revogação da Lei n.º 11.161 em 2017, com foco no contexto fronteiriço de Roraima. Este estudo também aborda sobre o processo da consolidação da língua espanhola, principalmente com a chegada da globalização e a intensificação das relações e acordos com países hispanófonos, o que levou a uma valorização do espanhol como língua essencial para a comunicação, para o desenvolvimento econômico e cultural, e posteriormente, os desafios enfrentados por este idioma no cenário nacional. Como desenvolvimento metodológico, utilizamos a pesquisa bibliográfica que tem o propósito de direcionar o trabalho científico através da análise ou revisão de obras publicadas. Durante o estudo, analisamos e discutimos autores como Sellanes (2022); Guimarães (2011); Rodrigues (2011); Silva (2018); Brasil (2006), entre outros, que evidenciam algumas concepções teóricas sobre a inclusão do espanhol como disciplina obrigatória nos currículos pela Lei n.º 11.161/2005 e sua posterior exclusão pela Lei n.º 13.415/2017. Os resultados nos permitiram compreender os contratempos, principalmente a falta de políticas públicas nacionais para a implementação eficaz do ensino da língua. Também foi possível verificar a instabilidade enfrentada pelo ensino da língua espanhola nos currículos ao longo dos anos, visto que a disciplina era inserida ou excluída dos planos de estudo como uma resposta a fatos históricos de determinada época, não como parte de uma política educacional mais ampla.