AXÉ KITANDA: Feira cultural de religiões de matrizes africanas

Resumo

O projeto AXÉ KITANDA teve como objetivo a organização de uma feira cultural destinada a expor os saberes, práticas e vivências dos povos de terreiros de religiões de matrizes e motrizes africanas de Boa Vista, Roraima. O projeto visou promover a compreensão e a apreciação dessas religiões, contribuindo para a disseminação e divulgação de suas crenças e práticas, além de fomentar o respeito às comunidades praticantes como uma prática antirracista. A feira foi realizada nas instalações do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima, Campus Boa Vista Zona Oeste. Na religião iorubá, a palavra “AXÉ” significa “energia”, “poder” ou “força”, referindo-se à força sagrada que sustenta os terreiros de candomblé. Já o termo “KITANDA” significa “feira” em Kimbundu, idioma africano falado pelos povos do Ndongo e da Matamba, atuais territórios de Angola. Esses termos refletem a essência do projeto, que criou um espaço de diálogo entre os povos de terreiro e a comunidade. Durante a execução do projeto, foram realizadas visitas com o intuito de estabelecer parcerias com terreiros em Boa Vista. Essas parcerias foram fundamentais para a realização da feira cultural, permitindo a contribuição direta das comunidades de terreiro. No evento, foram organizadas atividades, incluindo uma mesa redonda sobre a participação da juventude nas tradições de religiões de matriz africana e uma exposição de objetos e vestimentas utilizados pelos povos de terreiro. Os resultados obtidos com a feira foram satisfatórios, com alcance do objetivo de disseminar conhecimento e práticas dessas religiões, evidenciado pelo interesse demonstrado pelas pessoas que tinham pouco ou nenhum conhecimento sobre essas tradições. A feira proporcionou uma oportunidade para a comunidade local aprender e apreciar a riqueza cultural e espiritual das religiões de matrizes africanas, promovendo um ambiente de respeito e valorização da diversidade. Em suma, o projeto AXÉ KITANDA não apenas cumpriu seu propósito de educar e sensibilizar o público sobre as religiões de matrizes africanas, mas também contribuiu para a construção de uma sociedade mais inclusiva e equitativa.